Expediente
Redação: Wanessa Medeiros, Ligian Andrade e Cintia Kadowaki.
Revisão e Edição: Priscilla de Arruda Camargo.
Diagramação e Edição Online: Livit Marketing Services
Instituído pela Lei nº 11.133, de 14 de julho de 2005, o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é celebrado todo ano no dia 21 de setembro. E foi essa data, carregada de um importante simbolismo para as instituições que defendem os direitos das pessoas com deficiência, a escolhida pelo Instituto Jô Clemente (IJC), referência nacional na inclusão de pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras, para dar início à campanha “Todos os Direitos se Garantem com a Inclusão”.
Com o mote “Eu preciso de direitos para estar incluído. Eu preciso estar incluído para ter direitos”, a campanha do IJC abordou diversos aspectos que envolvem a luta por inclusão de pessoas com deficiência na sociedade como, por exemplo, direito à vida e prevenção à violência, participação social, incluindo atuação em conselhos e outras instâncias de representação social, o advocacy da causa da deficiência, autonomia e quebra de barreiras, autodefensoria das próprias pessoas com deficiência, capacidade jurídica e os diversos tipos de acessibilidade.
Com duração de um mês, a campanha teve como objetivo fomentar e conscientizar a sociedade para a importância dos direitos das pessoas com deficiência. “Esse é um mês para reconhecer os direitos conquistados pelas pessoas com deficiência, mas também para reafirmar que a inclusão só ocorre com respeito, conhecimento e políticas públicas. Por isso, escolhemos esse momento para convidar à reflexão sobre os avanços e sobre o que ainda falta fazer para garantirmos a inclusão das pessoas com deficiência, rompendo as diversas barreiras que a sociedade em geral cria. Queremos reforçar o protagonismo, pois quanto mais as pessoas com deficiência estiverem incluídas, mais elas serão agentes de transformação social para si e para mais pessoas”, explica Deisiana Paes, Supervisora de Advocacy do Instituto Jô Clemente (IJC).
Além de conteúdos e divulgações em mix de canais, a campanha teve apoio de outras instituições que são referência na causa da deficiência no Brasil: a AACD, reconhecida nacionalmente desde 1950 pela assistência médico-terapêutica de excelência em deficiência física, Ortopedia e Reabilitação, a Casa Hunter, que atua na causa das doenças raras, a Derdic, que atua na educação, acessibilidade e empregabilidade de pessoas surdas e no atendimento clínico a pessoas com alterações de audição, voz e linguagem e a Fundação Dorina Nowill para Cegos, dedicada à inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão.
“Contar com apoio inédito de tantos parceiros que lutam conosco pelos direitos das pessoas com deficiência é algo muito significativo para a nossa campanha. Embora cada instituição se dedique às suas causas específicas no dia a dia, o universo das pessoas com deficiência é o mesmo, com desafios comuns e esforços que se somam para garantir direitos, impedir retrocessos e avançar para a inclusão efetiva”, avalia Priscilla de Arruda Camargo, Gerente de Marketing e Comunicação do Instituto Jô Clemente (IJC).
A AACD, por exemplo, atua nas frentes necessárias para que as pessoas com deficiência física possam atingir seu máximo potencial, contribuindo para uma sociedade que acolha melhor a diversidade. “Trabalhamos para que a sociedade consiga conviver cada vez mais com as diferenças e reconhecer em cada indivíduo sua capacidade de evoluir e contribuir para um mundo mais humano. A oportunidade de unir forças com outras instituições que apoiam a causa só agrega valor ao nosso movimento de garantir visibilidade e inclusão para as pessoas com deficiência”, destaca Fernanda Gerevini, Gerente de Marketing da AACD.
A Casa Hunter trabalha com o tema das doenças raras, muitas delas detectadas pelo Teste do Pezinho e que podem evoluir, se não descobertas e tratadas precocemente, para alguns tipos de deficiência, incluindo a intelectual. “A causa das doenças raras está intimamente ligada com a causa da deficiência e, por isso, é muito importante estarmos ao lado de outras instituições afins para sensibilizar o setor privado e a sociedade em geral para esses temas. Acreditamos que o futuro pode ser melhorado com uma intervenção ativa no presente e é assim que atuamos ao lado de pais de crianças com doenças raras, médicos especializados em estudos genéticos, pesquisadores, farmacêuticos, empresários preocupados com o bem-estar da sociedade e por idealistas e atuantes em Direitos Humanos. Todos trabalhando em busca de uma sociedade mais acolhedora e humana para todos”, afirma Antoine Daher, Presidente da Casa Hunter.
Desde 1954 a Derdic se dedica ao atendimento educacional, qualificação profissional de surdos, cursos de Libras para ouvintes e ao atendimento clínico, sendo um Centro Especializado em Reabilitação Auditiva e Intelectual (CER-II) para pessoas com alterações na audição, na comunicação e com deficiência intelectual. “A Derdic, em parceria com a comunidade surda, vem lutando há décadas para garantir os direitos da pessoa surda, tanto no reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio de comunicação e expressão dos surdos que se constituem no sistema linguístico visual, quanto na acessibilidade dos surdos que têm acesso à língua portuguesa oral. A luta pela garantia dos direitos conquistados é uma missão da Derdic e norteiam o trabalho educacional e clínico da instituição”, explica Beatriz Novaes, Superintendente da Derdic.
Já a Fundação Dorina, que há mais de 75 anos se dedica à inclusão social de pessoas cegas e com baixa visão, tem como um dos meio de atuação a produção e distribuição gratuita de livros em braille, falados e digitais acessíveis diretamente para o público e também para cerca de 3.000 escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil. Além disso, entre outros pontos, a instituição promove a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência visual e contribui para a capacitação profissional delas. “A luta da pessoa com deficiência é constante e não para. Essa união entre as instituições é também um modo de atuar na defesa e garantia de direitos desse público. Não podemos esquecer que a inclusão só acontece, de fato, quando os direitos são respeitados e implementados na sociedade”, explica Alexandre Munck, Superintendente-executivo da Fundação Dorina Nowill para Cegos.
Esses são excelentes exemplos de instituições que efetivamente possuem agendas e práticas de governança ambiental, social e corporativa (do inglês environmental, social and governance – ESG). A defesa de direitos e as práticas de inclusão de pessoas com deficiência se relacionam diretamente com o aspecto social desse modelo de governança (o “s” de social) e são temas cada vez mais presentes na agenda de empresas e instituições de todos os tipos. Com as mudanças sociais trazidas pela pandemia de Covid-19 esses temas tiveram ainda mais destaque para clientes, parceiros, fornecedores, colaboradores e investidores, que exigem cada vez mais uma atuação mais responsável das instituições. Não basta ser a melhor empresa DO mundo, mas sim a melhor empresa PARA o mundo. Tudo isso em busca de uma sociedade mais justa e com oportunidade para todos.
Expediente
Redação: Wanessa Medeiros, Ligian Andrade e Cintia Kadowaki.
Revisão e Edição: Priscilla de Arruda Camargo.
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